Financiar a casa própria poderá aumentar e muito as prestações do financiamento, caso o propenso mutuário opte a alterar o índice de reajuste que hoje é a TR – Taxa Referencial, pelo IPCA – índice de Preço ao Consumidor Amplo, bem como, alterar o sistema de amortização, permitindo uma possível capitalização.
É que a Caixa Econômica Federal anunciou que pretende adotar o indexador IPCA, aos novos contratos de financiamento a partir do final deste mês (Junho/19), bem como a opção de escolha da Tabela PRICE ou SAC – Sistema de Amortização Constante, como sistemas de amortização do financiamento.
Assim, considerando a adoção destas medidas, urge a necessidade de propor uma reflexão em relação aos mesmos, visando ajudar os novéis mutuários, na hora de firmar seu contrato de financiamento habitacional.
A troca de indexadores hoje em dia não se mostra favorável ao mutuário, uma vez que o contrato de financiamento habitacional leva em média de 20 a 30 anos e se pesquisarmos as evoluções da TR e do IPCA, verifica-se que a Taxa Referencial-TR hoje em dia está praticamente zerada, ao passo que o Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA é o que mede a inflação e tem um comportamento mais imprevisível do que a TR.
Portanto, não se tem dúvidas de que trocar a TR pelo IPCA encarecerá o financiamento habitacional.
Por outro lado e agora pontuando a questão dos sistemas de amortização, o anúncio da Caixa não traz nenhuma novidade, já que a legislação do Sistema Financeiro Habitacional prevê a possibilidade de escolha pelo mutuário na adoção dos sistemas de amortização do saldo devedor, desde que o agente financeiro mostre as características de cada um e consequentemente seu impacto durante o prazo do financiamento.
Desta forma, fiquem atentos no momento em que for firmar seu contrato e peçam a planilha de custo efetivo total, bem como, o demonstrativo de impacto em relação aos indexadores financeiros e aos sistemas de amortizações.
Até a próxima.